Riscos do Mercado de Ações

Riscos do Mercado de Ações

Por Wagner Araújo.

RISCOS DO MERCADO DE AÇÕES

         O investimento no mercado à vista (ações) possui riscos significativos e que não podem ser ignorados, tais riscos influenciam preços de ativos e ânimos de investidores. Vamos explicar os tipos de riscos que existem no mercado de ações. Os dois principais grupos de riscos são: o Risco sistêmico e o Risco não Sistêmico.

O Risco Sistêmico

         O Risco Sistêmico está ligado a fatores que afetam negativamente a economia, todo o mercado financeiro, mundial o ou local, mas em sua plenitude, ou seja, na sua totalidade. Citamos como exemplo a bolha imobiliária que culminou na crise financeira de 2008. Essa, afetou todas as bolsas no mundo e seus efeitos foram sentidos por quase uma década. Fatores que podem influenciar no Risco Sistêmico:

· Guerras;

· Falências generalizadas no setor financeiro;

· Pandemias; · Crises financeiras com forte queda do PIB;

· Crises nos poderes ou nas instituições democráticas de um país (crise política/jurídica):

a) No executivo: interferência no poder executivo, usurpação de competências, impeachment.

b) No legislativo: interferência no poder legislador, usurpação de competências, fechamento.

c) No Judiciário: interferência no poder julgador, usurpação de competências, criação de insegurança jurídica, fechamento.

         Para se proteger de seus efeitos, o investidor deve efetuar operações de “hedge” utilizando mercado de derivativos.

O Risco Não Sistêmico

O Risco Não Sistêmico

         O Risco Não Sistêmico, também conhecido como risco Específico ou da empresa, é o risco inerente a uma empresa/setor em particular, não contaminando o mercado por isso. Podendo atingir suas subsidiárias e parceiros comerciais, mas sem força para atingir outros setores. Existem inúmeros riscos não sistêmicos, citaremos alguns e suas definições.

 · Risco de Liquidez: É a incapacidade, momentânea ou permanente, de converter ativos, físicos ou não, em dinheiro. Em outras palavras, é a precariedade para converter/vender seus ativos para obter moeda corrente. Esse risco é medido pela probabilidade da diminuição do valor do ativo em face da sua recuperação, levando em conta o tempo. Quanto maior for o tempo para recuperação e a sua necessidade de transformá-lo em dinheiro for em menor tempo do que pactuado dessa recuperação, mais probabilidade desse ativo perder valor.

· Risco de Crédito: O risco de crédito refere-se à perda, receita/valor, causada pelo mutuário ou falha da contraparte em cumprir suas respectivas obrigações financeiras na forma e com os termos previamente acordados. É a depreciação do contrato de crédito devido à deterioração da categoria de risco do mutuário, sua queda nas receitas, recompensas e renegociações. Também se refere ao aumento nos custos de recuperação dos ativos.

· Riscos operacionais: Sua classificação se dá pela probabilidade de potenciais impactos financeiros por erros, imprecisões ou alterações equivocadas dos processos internos envolvendo recursos humanos ou sistemas. Também ocorre em função de eventos internos/externos, previsíveis ou imprevisíveis, que afetam as operações ou o valor do ativo da empresa.

· Risco legal: Esta classificação abrange os riscos jurídicos, os riscos relacionados com leis, normas, sentenças judiciais, contratos inadequados ou ineficientes. O risco legal está atrelado aos riscos operacionais, pois sanções por transgressões a preceitos e normas legais podem gerar reparações financeiras cíveis e administrativas.

· Risco de Mercado: O risco de mercado está relacionado à sua volatilidade e é medido pela possibilidade de resultados negativos causados por variações de preços ou índices de mercado. Esse risco será Não Sistêmico quando afetar apenas setores específicos, sem contaminação do mercado de forma geral. Mas em sentindo amplo o risco de mercado é classificado com Risco Sistêmico.

         O investidor pode diminuir sua exposição a esses riscos através da diversificação.

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Um comentário

  1. Thalis disse:

    Muito bom!

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